INTRODUÇÃO
Em continuidade à trilogia Fim das Nações, que iniciou abordando a Trajetória do Sonho Americano, apresentamos o segundo capítulo referente aos muitos conflitos vinculados a essa trajetória, que desencadearam inúmeras tragédias em um contexto mundial. Em seguimento ao primeiro capítulo, anteriormente apresentado, iniciamos este a partir de um presente…
CAVALO DE TROIA
Desde muito tempo, existe a expressão “Presente de Grego”. Ela se originou de uma lenda bastante conhecida e estudada em aulas de história, que foi a guerra entre gregos e troianos. A guerra acabou com um presente, um grande cavalo de madeira, adornado de preciosos metais e minérios, deixado do lado de fora dos portões de Troia. Com aquilo, os troianos julgavam ter vencido os gregos, e arrastaram o que consideravam um presente, para dentro da muralha. Só não sabiam, que dentro daquele enorme artefato, se escondia o inimigo. Como seria o presente de grego no mundo contemporâneo?
OS DIREITOS CIVIS EM CONFLITO
A escravidão no país resultou em uma grande e massiva guerra civil, que foi o estopim para todos os acontecimentos futuros que se referiam a conflitos raciais, entre tumultos, revoltas e protestos de 1811 a 1968. Martin Luther King (1929-1968), o apóstolo da não-violência, apoiava a luta pelos direitos civis, de forma pacífica, vislumbrando a terra prometida, o que causou a sua morte. Depois do triste e lamentável episódio, foi desencadeada no país, a maior onda de violência, jamais vista, desde a guerra civil.
“Vocês devem tomar o fardo de salvar a alma da América”. (Martin Luther King Jr.)
O ano de 1968 nos Estados Unidos, foi um ano marcado por conflitos entre jovens e adultos, um país dividido na cultura, na política, nas ideologias, que culminou em tragédia. O país foi marcado pelos acontecimentos dessa época até os dias atuais.
Com a identidade nacional abalada e considerada antiquada, os norte-americanos viviam entre si, não como uma nação, mas como estranhos. O patriotismo, o cristianismo, a família, a defesa do país e a ordem das coisas, eram constantemente atacados pelos novos pensamentos e novas ideologias, o que dividiu a sociedade americana de forma irreconciliável no contexto de uma visão geral de mundo.
GUERRA INTERNA E OUTRAS GUERRAS
E voltemos ao final da segunda guerra mundial, onde os Estados Unidos e a União Soviética disputavam o domínio de outros países, o que resultou na quase interminável guerra do Vietnã. Na segunda guerra mundial, os canais midiáticos celebravam as vitórias em solo americano e depreciavam seus inimigos, em contrapartida, na guerra do Vietnã, a mídia fez exatamente o contrário. O povo se voltou contra o país, em favor do inimigo.
Havia uma outra guerra, que era interna, mediante conflitos raciais, com 159 revoltas, entre mortos e feridos, que buscavam seus direitos civis, o que respingou nas Olímpiadas do México. Então, veio a Lei dos Direitos Civis, que aprovou à moradia no país, para todas as raças, religiões e nacionalidades. Mas, sempre havia a oposição.
“O que nós precisamos nos Estados Unidos não é ódio, o que nós precisamos nos Estados Unidos não é violência e ilegalidade, mas é amor, sabedoria e compaixão uns com os outros”. (Robert F. Kennedy)
Na época, Robert Kennedy era candidato à nomeação para a presidência dos EUA, e seu jeito peculiar de ser cativou os jovens, com a grande possibilidade de acabar com uma América fragmentada. Porém, essa voz também se calou. A esperança silenciou por duas vezes no país no ano de 1968.
“Essas eram as duas figuras mais esperançosas na América, naquela época. E quando os dois foram mortos, eu acho que se instalou um elemento de desesperança, do qual o país nunca se recuperou”. (David Margolick)
A CIDADE NÃO MAIS ESTAVA NO TOPO DA COLINA
Até a década de 1960, os americanos viviam suas vidas em três esferas sociais, ou seja, a família, a escola e a igreja. Então, um novo presente grego foi dado através de ideologias destrutivas de novos pensadores, o que culminou na ruína desses três ambientes.
As tensões não mais eram apenas raciais, mas sociais também. Os olhos do mundo inteiro viam o que acontecia na cidade no topo da colina, que ardia em fogo. Depois disso, o silêncio se fez, os conflitos foram para debaixo do tapete, o que torna tudo bem mais preocupante. Antagonismos não resolvidos, são semelhantes a uma granada que se retira o pino, que a qualquer momento poderá explodir. O cavalo de troia estava ali, na mais completa quietude, esperando o momento certo para atacar.
Saiba mais, assistindo o 2º vídeo da trilogia (Fim das Nações – Episódio 2), disponível no YouTube gratuitamente, através do link: https://youtu.be/2cRVPUEc0d4
Em breve, apresentaremos o 3º e último capítulo da série. Aguarde!
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