Desenvolver inteligência emocional na área da saúde é um dos requisitos que integram uma excelente prestação de serviços clínicos, de forma a potencializar os cuidados ao paciente e otimizar a adesão ao tratamento.
Todavia, a aplicação desses conceitos na vida prática pode ser desafiadora, principalmente para profissionais de saúde, como os enfermeiros, que lidam com situações clínicas adversas em seu cotidiano.
As vantagens da incorporação da inteligência emocional como uma das competências do enfermeiro serão observadas tanto pelos gestores quanto pela modificação do comportamento dos pacientes.
Quer saber mais sobre a inteligência emocional na área da saúde? Então, não perca as informações que daremos neste post!
Entenda o que é a inteligência emocional
A inteligência emocional é a capacidade de identificar os próprios sentimentos, observar comportamentos nas demais pessoas e pensar em estratégias personalizadas para melhorar o estado de saúde delas. Tem como propósito investir em um olhar interior para entender os sentimentos das pessoas ao redor.
Além disso, é fundamental interpretar os fatores influenciadores negativos de determinadas atitudes, tais como: nervosismo, hábito de roer as unhas, pessoas com pensamentos antecipatórios de uma evento etc. A partir dessas manifestações, é possível pensar em formas mais adequadas de intervir para ajudar a pessoa.
Exemplo disso é quando sentimos medo, ansiedade, tristeza ou angústia e associamos a eventos familiares ou que ocorrerão em breve, nos deixando com pensamentos diferentes do que estamos acostumados.
O mesmo caso se aplica às pessoas que estão ao nosso redor, pois talvez alguns comportamentos inapropriados, como agressões verbais, irritabilidade e frustração, estejam relacionados a um acontecimento desagradável ou em desacordo com esperado.
A inteligência emocional também analisa os sentimentos positivos que podem se desencadear frente a um evento e, a partir disso, aperfeiçoar algumas ações no indivíduo. Essa situação ocorre, por exemplo, quando o indivíduo é aprovado no curso desejado, e os conselhos devem ser direcionados para aumentar a disciplina e a dedicação.
Por que é importante para profissionais de saúde
A inteligência emocional para quem trabalha na área da saúde é uma ferramenta que necessita de capacitação, habilidades profissionais e experiência de vivência nas instituições de saúde ao longo dos anos. Isso implica reconhecer atitudes claras de comportamento como também identificar a linguagem não verbal.
A linguagem não verbal é aquela expressa em gestos, trejeitos que podem indicar negação, aceitação, impaciência, falta de atenção às orientações, irresponsabilidade, entre outras interpretações. Pessoas que ficam constantemente de braços cruzados estão negando as orientações no subconsciente, ou por não acreditarem no interlocutor ou por falta de conhecimento prévio.
Assim, os profissionais de saúde, em especial os enfermeiros, devem prioritariamente entender seus sentimentos perante uma situação clínica e trabalhá-los em prol da melhoria na assistência ao paciente. Nesse sentido, a carreira de enfermagem pode proporcionar mudanças de perspectivas não imaginadas anteriormente.
Dito isso, é importante que o enfermeiro observe algumas atitudes dos doentes que possam desafiá-lo na implantação dos cuidados de enfermagem. Exemplo disso é o indivíduo que recusa a medicação, está muito sensibilizado com a doença, adota posturas dissimuladas, entre outras situações.
Para tanto, o enfermeiro deve analisar a complexidade da situação, levantar possíveis causas da atitude do paciente, intervir com pequenas ações e discutir com os indivíduos esses aspectos. Para cada intervenção, é preciso analisar a aceitação ou propor novas abordagens até atingir o propósito definido do cuidado.
Em algumas situações, é necessário buscar ajuda especializada dos profissionais da Assistência Social ou da Psicologia, que abordarão de forma completa e sistematizada o paciente em questão.
Hábitos para desenvolver a inteligência emocional
A inteligência emocional na área da saúde é uma meta desejável em todos os ambientes clínicos, pois aperfeiçoa o clima organizacional e pode ser responsável pelo aumento da produtividade nesses locais.
Sabendo isso, os gestores devem implantar medidas direcionadas aos profissionais de saúde que lidam diariamente com questões clínicas, psicológicas, sociais e econômicas em diversas condições.
Medidas institucionais para a melhorar a inteligência emocional
As empresas devem sempre se preocupar com seu funcionários. Por isso, em primeiro momento, é fundamental adotar técnicas de relaxamento para os profissionais clínicos, incentivar a confraternizações entre os colegas, formalizar parcerias com academias, escolinhas para os filhos pequenos etc.
Todas essas atividades visam amenizar o clima que paira nas instituições de saúde, que envolve tensão, mudanças bruscas do estado clínico do paciente, tomada de decisões que se relacionam ao risco de morte, entre outros eventos.
Sendo assim, o ambiente organizacional deve favorecer o desenvolvimento coletivo da inteligência emocional na área da saúde para que o enfermeiro graduado e demais profissionais clínicos estejam concentrados nessa temática.
Para resolver as questões pessoais que podem afetar essa habilidade, é fundamental que os profissionais procurem outras formas de amenizar seus problemas para atender eficazmente aos pacientes.
Medidas individuais para desenvolver a inteligência emocional
Além das responsabilidades da empresa, é fundamental que os trabalhadores clínicos se mantenham com a saúde mental equilibrada. A realização de exercícios físicos regulares e uma alimentação nutricionalmente balanceada devem ser os norteadores.
Também é aconselhável procurar atividades fora do ambiente clínico que sejam relaxantes e prazerosas e tenham como objetivo para o profissional de se desconectar das tensões diárias vividas no ambiente de trabalho.
Outras habilidades que devem ser desenvolvidas incluem: prática do autocontrole frente às situações desafiadoras, métodos para se automotivar e comemorar pequenas conquistas, capacidade de perceber sentimentos negativos que possam desequilibrá-lo etc.
Sendo assim, a inteligência emocional na área da saúde requer dedicação, disciplina, competência para identificar e administrar os problemas pessoais e dos pacientes e aprimoramento do conhecimento para as novas demandas.
Isso porque o enfermeiro é desafiado constantemente, carrega para si diversos mitos sobre o curso, e deve ficar atento às novas legislações. Além disso, medidas consideradas efetivas para sensibilização dos pacientes podem não surtir o efeito desejado em algumas situações, o que requer mudança de perspectiva.
Nesse sentido, é interessante que o profissional estabeleça uma relação terapêutica de confiança com o paciente a fim de explorar e gerenciar sentimentos que estejam influenciando negativamente seu estado clínico, lidando também com a inteligência social.
A inteligência emocional na área da saúde é uma ferramenta complementar de grande ajuda para identificar os sentimentos dos pacientes, propor medidas personalizadas e humanizadas e influenciar positivamente no prognóstico do paciente. Para tanto, é essencial que o profissional desenvolva competências para administrar suas emoções, mantendo uma saúde mental equilibrada para influenciar os pacientes em prol de melhorias no autocuidado.
Agora que já entendeu a importância da inteligência emocional na área da saúde, não deixe de compartilhar em suas redes sociais!
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